quinta-feira, 16 de julho de 2015

GRÉCIA CADA VEZ MAIS SOB PRESSÃO DO CAPITAL FINANCEIRO INTERNACIONAL. Syrizia dá seu aval para as investidas colonialistas da Unidade Europeia!


A
Grécia, país “berço da civilização ocidental” está submetida às garras do imperialismo europeu e aos rentistas internacionais. A pergunta incondicional a ser respondida é a seguinte: como um pequeno país cuja industrialização é quase inexistente e a economia representa menos de 2% do PIB europeu e que sobrevive exclusivamente do turismo (70% da sua economia) e da exportação in natura (commodities) de azeite e vinho, pode ameaçar de quebrar os gigantes do mercado financeiro europeu? Por que em parte pode afetar outras economias frágeis como a de Portugal e Espanha que, a exemplo da Grécia, são considerados postos artificiais de capital volátil, ou seja, dos investimentos de bancos estrangeiros como se fosse um paraíso fiscal e por isso dominam o mercado financeiro nacional. Diante do menor indício de crise, os banqueiros internacionais (rentistas) tratam de “fugir” dos ditos paraísos, deixando em consequência a dívida (moedas podres) para os governos. Em razão deste “rombo”, a Grécia de Tsipras tem que recorrer à Troika, porém não há liquidez (fundos e créditos) para bancar um empréstimo e daí aparece o impasse entre o governo grego e o Banco Central Europeu controlado com mão de ferro pela Primeira Ministra alemã Angela Merkel. Atualmente, a União Europeia tem 28 Estados-membros desde 1º de julho de 2013, aí incluídos Alemanha, França, Inglaterra os países mais poderosos. O imperialismo não tem o menor interesse em “negociar” a dívida, mas sim em impor medidas drásticas contra o povo grego, ou seja, a única alternativa que lhe “concede” é a capitulação!

UNIDADE EUROPEIA, UM MODELO ECONÔMICO ESGOTADO

A severa crise econômica e política que assola a Grécia é a mais grave desde o final da Segunda Guerra Mundial. Não é oriunda a partir de 2009, mas advém desde quando os gregos passaram a integrar a UE em 2000 e a ulterior adoção do Euro como moeda que volatizou a economia e anulou a soberania dos povos. Uma onda de desemprego que soma 26% da população economicamente ativa; a juventude sem perspectivas amarga um desemprego na ordem de 50%. Trata-se de cifras oficiais, na realidade os índices são bem mais elevados. O governo que antecedeu o Syrizia, o Pasok se mostrou incapaz de encontrar uma solução diante da crise, o que proporcionou à Troika a aposta em um novo gestor, com a vitória da “esquerda” de Tsipras, a quem lhe fora incumbida a tarefa de implementar planos de austeridade de cunho neoliberal: privatizações, cortes de benefícios sociais (aposentadoria e saúde), pagamento da dívida externa (um absurdo em torno de 320 bilhões de Euros!!!).