sexta-feira, 21 de agosto de 2015

75 ANOS DO ASSASSINATO DE LEON TROTSKY A História vingará este crime: suas ideias permanecem em nossos corações e mentes!



Aqui uma singela homenagem. Trotsky atingido por uma picareta na cabeça pela covarde ação planejada a partir de um assassino profissional a mando do stalinismo, Ramon Mercader, no dia 20 de agosto, não resistiu ao golpe e veio a falecer no dia seguinte. Brilhante arregimentador e escritor militante, grande construtor do Exército Vermelho que garantiu a vitória da Revolução de Outubro durante a guerra civil contra as tropas do Czar a serviço das potências imperialistas, foi o fundador da Quarta Internacional em 1938. Opositor ferrenho à ideia da revolução em um só país destacou-se no meio dirigente com a Teoria da Revolução Permanente e seria a razão de uma das tantas desavenças com Stalin. Com a morte de Lenin em 1924, e por ser um membro relativamente recente do Partido Bolchevique inicialmente não teve forças para enfrentar a burocratização do mesmo, haja vista que era encarado como um “elemento exógeno” por grande parte dos dirigentes “históricos” do partido. Desta característica se aproveitara Stalin para formar um corpo burocrático a seus serviços e isolar o grande dirigente da Revolução. Seu papel a partir do momento em que foi banido da URSS pela camarilha montada por Stalin no poder foi a defesa principista das conquistas sociais e políticas da União Soviética, convertendo-se em seu maior combate da sua vida, o que viria a ser seu último até sua vida ser apagada.



Poucos dias antes de Trotsky chegar ao México, Stalin e sua camarilha deram início ao chamado “Segundo Processo de Moscou”, cujo objetivo era o aniquilamento físico não apenas da velha guarda bolchevique ainda atuante dentro da URSS, mas especialmente os dirigentes trotskistas em nível internacional (e, óbvio, o próprio Trotsky). Na guerra civil espanhola, a burocracia tinha em mente eliminar qualquer foco de oposição à política do Kremlin levando a cabo várias execuções de importantes dirigentes antiestalinistas. Até mesmo Ignace Reiss, um antigo agente da GPU e pertencente à uma ala mais à esquerda do stalinismo que aderiu à plataforma trotsquista fora assassinado em 1937, Erwin Wolf (um dos secretários de Trotsky). Poucos meses depois foi a vez do filho de Trotsky, Leon Sedov, assassinado por agentes da GPU; cerca de 30 dias após, o cerca apertava-se, agora com o extermínio em Paris de Rudolf Klement (outro secretário de Trotsky). O foco, claro estava orientado para eliminar o famoso revolucionário e ex-dirigente do Exército Vermelho...

Quando muitos passaram a combater a URSS stalinizada, Trotsky nadando contra a corrente, afirmava categoricamente que a cidadela soviética deveria ser defendida por toda a militância comunista mundial: a casta burocrática lá instaurada deveria ser derrubada pelo proletariado russo e não pelo imperialismo! Trotsky foi assassinado... mas suas ideias vigem com todo vigor até hoje, uma vingança contra seus algozes stalinistas e até mesmo a seus pseudosseguidores ditos “trotskistas” atuais! Mesmo mortalmente atingido na cabeça pelo vil agente stalinista, enquanto era conduzido ao hospital declarou aos seus camaradas: “Estou próximo da morte, devido ao golpe de assassino político... Por favor, digam aos nossos amigos... Estou certo... da vitória da IV Internacional... continuem”!