segunda-feira, 28 de março de 2016

YES, NÓS TEMOS BANANAS, subornos, corrupção e... Sérgio Moro! A “justiça” vem de fora para perpetuar exploração capitalista

A
té agora um grande espectro da opinião pública encarou a crise institucional que abala o governo Dilma como consequência da corrupção, dia após dia bombardeando a população com factoides midiáticos. Aqui, é necessário mudar esta perspectiva se valendo de um método de análise materialista a partir do critério de classe, pois tratar os melindres da corrupção de forma geral dilui o essencial, o conflito entre os exploradores e explorados, como se o corrupto (o serviçal) pudesse agir como elemento ativo no processo e perante o capitalista (a burguesia), quando este último se apropria da riqueza nacional como inerente à acumulação capitalista. A mídia, a classe média, a direita e até setores da esquerda vêm tratando a corrupção brasileira como uma generalidade deixando para trás o aspecto ontológico mais importante que é a dominação de classe. A corrupção sempre existiu, desde as formações sociais pré-capitalistas – quando não havia a distinção público/privada (antiguidade oriental, Grécia Clássica, Roma), só que hoje ela advém e parte da classe dominante detentora dos meios de produção. Assim, o jogo por detrás das visões generalizadoras passa por manter a lógica do senso comum, a fim de que a dominação e a opressão de uma classe sobre a outra se perpetue indefinidamente no avançar dos tempos. O conteúdo de classe e ideológico tem sido imposto de fora, como teremos oportunidade de constatar mais abaixo. Outrossim, significa desvincular a corrupção de uma apropriação privada dos recursos públicos em direção a um punhado de ricaços como um sistema funcional e não uma qualidade natural da alma humana.

segunda-feira, 14 de março de 2016

OPERAÇÃO “CAR WASH”* Arquitetada pelos amos do Norte para solapar as forças produtivas do Brasil. Politização (ou despolitização) da “justiça” do país?



A
denominada operação “Lava Jato” (“car wash”) a cada dia ganha contornos mais autoritários, acentuando teses comezinhas do tipo “achismo”, do “teria” e/ou “poderia” conduzidas com o credo do “homem de preto”, Sergio Moro. A sua última peripécia que emoldurou o sequestro ilegal do ex-presidente Lula é a peça mais trágica de um enredo elaborado a partir das “delações premiadas” de notórios gangsteres e escroques a serviço do capital no Brasil, afinal quem corrompe é o possuidor e não os meros estafetas públicos. Não direi de quem partiram as novas “denúncias” que provocaram a caça a ao ex-presidente Lula e seus familiares (apenas digo que foi alguém com o nome do sempre-tucano Delcídio...). Promotores públicos medíocres e profundamente ignorantes se aproveitam do sangramento do staff governamental para terem seus dias de fama como serviçais da burguesia paulista. A burguesia financeira na voz dos tucanos paulistas arregaça suas mangas e ataca o governo federal. A classe média idiotizada expõe sua esquizofrenia anticomunista manietada pela mídia corporativa. Sobre este caldo de cultura virulento imensamente contagioso navega o bundamolismo da direção nacional do PT que praticamente se cala diante da ofensiva direitista, o que significa que tem a sua aquiescência com a situação. Tudo coaduna à fascistização do regime político através da politização (ou despolitização) da “justiça” brasileira e da condenação da política (partidos) em geral pela mídia mainstream.

sexta-feira, 4 de março de 2016

PRIMÁRIAS AMERICANAS Donald Trump, a preferência impreterível da oligarquia financeira e do imperialismo?



A
s prévias presidenciais norte-americanas deste ano tem chamado atenção pelo fato de candidaturas pouco convencionais terem surgido praticamente do nada; mais especificamente, Donald Trump de um lado e Bernie Sanders por outro, ambos eclipsando figuras conhecidas. Destaca-se, entretanto, a primeira não tanto por sua “excentricidade” ou pelos aspectos boçais, mas por indicar aonde trilha a política do imperialismo ianque ao partir em secções a sua própria carne. Com Trump, estaríamos defronte a um candidato “anti-establishment” como a opinião pública burguesa (e até da esquerda) quer fazer crer? Ou diante de um “aventureiro” que não tem nada a perder, ou simplesmente um “louco”? Qual é o poder de fogo desta nova direita que emerge do campo conservador republicano?