quarta-feira, 10 de agosto de 2016

“POKÉMON GO” EM AÇÃO: brincadeira nada ingênua, ou quando o “caçador” torna-se presa!


M
uito se têm comentado sobre a nova mania, quase histérica, que tomou conta de milhões de pessoas em todo o mundo, a qual chega ao Brasil. Alguns, a maioria dos casos, acreditam piamente que o jogo é apenas uma diversão inocente e que a ela todos devem ter direito, além de trazer inúmeros pontos positivos de interações com o meio. Outros salientam criticamente os efeitos mais nocivos referentes à indução alienante de uma coletividade praticante. No entanto, o que nem um nem outro grupo postula, muito menos tem a mínima ideia do que seja, é que o “joguinho” tem implicações que vão muito além dos aspectos meramente lúdico-formais. Por trás reside uma tecnologia bastante avançada e com imenso poder de fogo informático, fruto de décadas de experimentos, que incorpora parâmetros políticos, econômicos, ideológicos e quiçá militares. O “Pokémon Go”, o jogo de realidade aumentada, não é aquele joguinho abnóxio que está posto simploriamente na palma da sua mão, haja vista que o dispositivo requer acessos ininterruptos à rede, que por sua vez, se vale de uma triangulação geoespacial através de câmera orientada ao “objeto” Pokémon, na verdade dados reais capturados!

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

DIREITA VOLVER: MARX E ENGELS RACISTAS? Boçalidade da classe média, Carlos Moore e o ódio nos tempos de fascistização



O
ntem, 31 de julho, adornado de adesivos que publicitavam o “Fora Temer, não ao golpe”, após o ato contra o golpe, alguns coxinhas, “mauricebas e patricebas” desmiolados, me abordaram na rua de forma bastante ofensiva e raivosa: “só pode ser um petista comunista”, “vai pra Cuba”, “Marx era racista, protonazista” gritava uma com ares de superioridade e mais um desfile de pérolas fundamentadas num senso comum vil, típico de imbecis sem cérebro que jamais leram algo de Marx, mas muita Veja. Eis então que um desses elementos asqueroso estava distribuindo um “mosquito” que continha algumas “citações” de Marx, o qual fiz questão de pegar, li apesar do asco: diz, “As classes sociais e as raças fracas demais para conduzir as novas condições de vida devem deixar de existir. Elas devem perecer no holocausto (sic!) revolucionário”. O outro trecho, nauseabundo, tomado aleatoriamente afirma “que a escravidão é uma categoria econômica como qualquer outra... esclarecendo que se trata da escravidão direta, a dos negros do Suriname, no Brasil, nas regiões meridionais da América do Norte... Sendo que, comparado ao resto de nós um nigger (crioulo) é o que há de mais perto do reino animal, ele é, sem dúvida nenhuma, o representante mais adequado para este distrito”. Sem perder tempo e paciência deter-me-ei a comentar essas duas passagens atribuídas a Marx. Fato emblemático ilustra quão reacionária é a etapa por que passamos em termos de regime político. Nesse sentido, cabe nos fortalecer com a discussão ideológica bastante sólida.