quarta-feira, 14 de setembro de 2016

20 DE SETEMBRO DE 1835, A “REVOLUÇÃO FARROUPILHA”: de “caudilhos” a “pacificadores”, dos mitos resta-nos a bosta sobre ruas e alamedas como verdade concreta


C
omeçaram esta semana as comemorações da “Semana Farroupilha” em todo o Rio Grande do Sul. Nas ruas, gaúchos pilchados, desfiles de “tropeiros” em seus cavalos, CTGs e folcloristas românticos em polvorosa; enfim, todos absortos em seu esfuziante e desgastado “civismo regional” que reverencia heróis do passado glorioso e seus feitos totalizantes do povo gaúcho, emblemática e ufanisticamente venerados no hino rio-grandense: “Sirvam nossas façanhas/De modelo a toda Terra” (https://www.letras.mus.br/hinos-de-estados/126618/). Tantas virtudes juntas correspondem à realidade? Para o marxismo não há categorias abstratas derivativas de si mesmas, a ciência histórica trabalha diretamente com o que a vida e as necessidades materiais lhe fornece, quer relativo aos indivíduos quer no âmbito coletivo. Neste sentido, caracterizar a insurgência dos farrapos como uma revolução é redundar num tremendo equívoco, pois o móvel da época sempre fora a guerra como principal fator de acúmulo e povoação do extremo sul brasileiro e, ao final das beligerâncias, poucas coisas da estrutura social e política foram alteradas. A “estância” e o militarismo bárbaro atuaram como mecanismo de posse do território gaúcho, alimentados ainda mais pela crise acentuada do modelo econômico brasileiro, a mineração, a monocultura de exportação do açúcar e, mais tarde, o café. Os revoltosos farroupilhas não poderiam estar à frente de seu tempo, expressavam antes de tudo a mentalidade da época, consubstanciada nas guerras de conquistas, na defesa incondicional do regime escravagista, a pilhagem, o contrabando e o roubo como fatores de acumulação de capital e renda da terra.

Realidade precipitada ainda mais com a abdicação de D. Pedro I e a assunção da Regência como o coroamento do processo de independência do Brasil de sua metrópole num quadro de agravamento das dissenções entre as várias facções oligárquicas. A “revolução” Farroupilha foi uma dentre tantas revoltas coloniais que governos de plantão e mídia passam a agigantar conforme seus interesses políticos e econômicos, ora readequada a períodos pré-revolucionários (vitória soviética na Segunda Guerra Mundial), ora em situação contrarrevolucionária (imediatamente após o golpe gorila de 1964).

O baiano Cipriano Barata foi um
dos mais destacados líderes
farroupilhas no Brasil imperial
A APROPRIAÇÃO DO TERMO FARROUPILHA E A CONSTRUÇÃO DO MITO

O termo “farroupilha” não foi uma exclusividade sulista, nem uma referência ao tipo de roupa que os revoltosos contra o império usavam na guerra. Isso não passa de um romantismo pastoril ideal, deturpado para difundir que os mesmos eram parte do povo, o que estava muito distante da sociedade nada igualitária de então.

Muito antes da apropriação dos sulistas o termo era usado para designar as sociedades secretas que se opunham ao regime monárquico em todo o país, isto é, os grupos liberais de ideias exaltadas. Desta forma, os Farrapos debutaram a partir de 1829 pela atuação principalmente do baiano Cipriano Barata, árduo adversário do absolutismo de D. Pedro I e um dos principais dirigentes da Confederação do Equador em 1825. Em 1832, o tenente Luiz José dos Reis Alpoim fundou o Partido Farroupilha em Porto Alegre.

A construção da identidade regional começou a ser talhada pelos positivistas republicanos, tendo como artífice Julio de Castilhos. Como o positivismo trabalha com fatos isolados e criando mistificações quase religiosas, era necessário criar o mito fundador a partir da “batalha épica” e seu “valor constância” da guerra civil farroupilha como “modelo a toda terra”.

SURGEM OS CTGs OU O REGIONALISMO UFANISTA E BAIRRISTA COMO CONTRAPONTO AO COMUNISMO DO PÓS-GUERRA

A origem mítica da tradição farroupilha foi urdida em meio à ditadura de Getúlio Vargas na década de 30 do século passado, nos estertores do Estado Novo, quando outrora tendências regionalistas eram reprimidas a fórceps em face de uma identidade nacionalista cunhada pelo futebol, o carnaval, a arquitetura, música etc. Enfim, significa o “amor à pátria” em moldes fascistas e industrialismo a partir da região sudeste. Enquanto Rio de janeiro e São Paulo se desenvolviam, o Rio Grande do Sul estagnava em seu ruralismo fabril. E assim permanece até o fim da Segunda Guerra Mundial.

O atual gaúcho, na visão da classe dominante pastoril
Com a acachapante vitória da URSS sobre as hostes nazistas em 1945 e com o subsequente fim da ditadura Vargas, o regionalismo sulista ganha novos contornos no Rio Grande do Sul, reivindicando um passado rural-latifundiário arcaico, romanceado e a-histórico atuando como contrapartida ao socialismo e à urbanização em voga.

Em Porto Alegre, nos idos de 1947, alguns “filhinhos de papai” fundam o movimento regionalista difundindo o mito da “democracia pastoril” no estado e o sofisma acerca do “caráter essencialmente libertário” do programa e ação dos Farrapos. Autêntico manifesto como negação democratizante da sociedade urbano-industrial que ascendia da “Velha República”. Rejeitam particularmente o princípio político da revolução socialista mundial, haja vista que o comunismo ao lado do proletariado soviético vencera a barbárie nazista de forma heroica. Socialismo para esses riquinhos era algo “urbanoide”, “perigoso” e um atentado à sacrossanta propriedade privada, portanto, deveria ser combatido pela elite fundiária gaúcha. Tomavam “seus” preceitos como se fossem aceitos por toda a sociedade gaúcha, ou seja, tomavam a síntese do povo como rejeição à interpretação urbana-industrial e a defesa incondicional da sociedade pastoril-latifundiária. Os tradicionalistas passaram a se organizar em CTG, onde os “patrões” e “peões” se confraternizam como iguais. Que imagem maravilhosa!

Aqui, patrões e peões confraternizam!
Não ao acaso, os CTGs e os clubes tradicionalistas surgiram em meio à Guerra Fria, como produto da bipolarização política do mundo, época em que a classe operária brasileira e gaúcha dava seus primeiros passos no cenário nacional. O discurso ideológico dos tradicionalistas procurava abafar a consciência de classe sobre as terríveis contradições sociais entre os explorados e os exploradores, reverenciando as qualidades deste último através do culto à propriedade pastoril na condição perfeita do patrão “acolhedor”, “bonachão”, o gaúcho gordo, bigodudo e boa gente, devorador de churrasco e adepto ao chimarrão!

Tal pensamento era conveniente para o capital industrial já consolidando bases no pós-Vargas, embora adstrito à condição de semicolônia dos Estados Unidos. A essência conservadora do regionalismo fora oficializada em setembro de 1964, quando a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul instituiu a “Semana Farroupilha” e o mito do “bom patrão”. O mundo do faz de conta no qual “patrões e empregados se alimentavam com o mesmo churrasco e o mesmo chimarrão, cavalgam os mesmos animais...” (Salis Jorge Goulart, A formação do RS). Tudo harmônico, como se os frutos da terra caíssem do céu feito “Manah”! Nesta sociedade idílica não haveria trabalho, conflitos e, claro, a mão de obra escrava. Como a vida era bela...

A VIDA NÃO SE PROJETA FEITO SOMBRAS NA CAVERNA

Bem distante dos laços fraternais disseminados prosaicamente pelos tradicionalistas na cultura sulina, os farroupilhas gaúchos eram produtos originários de sua época: escravistas, estancieiros bárbaros, sanguinários vingativos cuja personalidade era pérfida e vil, todos beirando traições de seus próprios amigos. Em grande parte, a guerra oligárquica denominada farroupilha fora financiada pela venda de cativos em terras uruguaias em troca de munição, fardamento e comida. A rebelião, como não tinha um caráter programático unificado entre a própria classe dominante, teve momentos de infâmia ao praticar o estupro, degola o sequestro e a execução sumária de adversários. Eram frequentes os duelos entre os comandantes pela disputa do botim de guerra. Famoso foi o desafio entre Bento Gonçalves e seu primo Onofre Pires um ano antes do fim da guerra: um acusava o outro de corrupção, com razão, que aliás, era o motor da guerra farroupilha! “Tutti buena gente”...

Bento Gonçalves, escravista, cruel, vingativo
e bárbaro estancieiro
A vileza dos mandatários farroupilhas consistia em colocar em marcha a rebelião oligárquica a custa dos escravos e indígenas. Os militares recrutavam escravos prometendo-lhes alforria. Além disso, muitos escravos foram capturados de estancieiros adversários. A tropa de combatentes negros ficou conhecida como “Lanceiros Negros”, os quais conformavam quase metade do contingente do exército rio-grandense. Muito além de serem bem equipados como o folclore incutiu no imaginário popular, não se valiam do uso da arma de fogo, apenas dispunham de lança. No entanto, durante os longos, cruéis e intermináveis dez anos de guerra, doavam suas vidas não por dinheiro ou redução de impostos, mas prioritariamente como parte da conquista de sua liberdade, mesmo atuando em um meio completamente desigual. Negros e brancos marchavam, comiam, dormiam, lutavam separadamente. Aos valorosos “lanceiros” era vetado o uso de espada e armas de fogo, a não ser pequenas garruchas. Distinto do que apresenta as lendas folclóricas, não combatiam a cavalo, como expõem grotescamente séries de TV e novelas globais. Estavam munidos apenas de uma lança de madeira, pequenas facas e lutavam com os pés desnudos no meio da mata espinhenta e pedregosa.

Munidos apenas de uma lança de madeira,
pequenas facas e lutavam descalços,
os Lanceiros Negros foram massacrados
pelas tropas imperiais
A LUTA INGLÓRIA DA “BATALHA DE PORONGOS”, ÓDIO DE CLASSE ATRAVÉS DE UMA ARAPUCA PARA EXTERMINAR OS COMBATENTES NEGROS

Como colocado acima, todos os dirigentes farroupilhas - Bento Gonçalves, Canabarro, Gomes Jardim, Netto, dentre outros - eram ferrenhos defensores da escravidão, mesmo que ideias abolicionistas já fossem conhecidas desde 1767, inclusive em Portugal. No final da guerra, vergonhosamente derrotados, preocuparam-se com o cumprimento da promessa feita aos Lanceiros, de alforriá-los. Contudo, tal preocupação não era pela razão de serem homens de palavra ou por questão humanitária; ao contrário, derivava do medo que os escravos ora concentrados e disciplinados militarmente se rebelassem contra seus proprietários, tantos os farrapos como os imperiais após a rendição farrapa. O que fazer para resolver este problema?

David Canabarro:De inimigo ferrenho
do governo central, após a rendição
e o massacre de Porongos, torna-se
grande amigo do Duque de Caxias!!
A solução estava com as tropas imperiais, nas mãos do “garboso pacificador” Duque de Caxias (Luís Alves de Lima e Silva), o responsável por debelar as revoltas da Sabinada, Balaiada e as de cunho liberal no sudeste, bem como as guerras cisplatinas. Um “profissional” muito competente que estava incumbido da tarefa de agir na revolta farroupilha... Seu método era infalível: estimular as traições por intermédio do suborno e da corrupção e afogar revoltas em sangue. Nestes quesitos, seu currículo era exemplar, o qual em sua sanha genocida teria antecedido Hitler em 70 anos na futura Guerra do Paraguai – ocasião em que ele teria trucidado cerca de 76% da população guarani.

Dito e feito! O “mui valoroso”, em sua “simplicidade, humanidade e altruísmo” (http://www.militar.com.br/artigo-281-Duque-de-Caxias---Patrono-do-Ex%C3%A9rcito#.V9nFZFsrJNA) Caxias “convence” David Canabarro a lutar contra as tropas imperiais no serro de Porongos (interior do RS) tendo como aríete os Lanceiros. Claro, um combate previamente combinado após inúmeras “conferências de guerra”. Está documentado: “Não receie a infantaria inimiga, pois ela há de receber ordem de um ministro e de seu general em chefe, para entregar o cartuchame” (Ofício de Caxias ao Comandante Francisco Pedro, 9 de novembro de 1844). Canabarro enviou os Lanceiros desarmados para o combate. A infantaria dos Lanceiros fora dizimada por uma tropa imperial fortemente armada, instruída em poupar apenas o sangue dos brasileiros (os negros eram considerados africanos). Enquanto os valorosos guerreiros eram massacrados, Canabarro estava bem longe, nos braços de sua amante “Papagaia”. Ódio e desprezo aos trabalhadores negros era a sinapse dos chefes imperiais e farroupilhas, como foi bem colocado por Mario Maestri: “não deixaram dúvida da identidade que unia chefes imperiais e farroupilhas no medo e no ódio aos seus trabalhadores negros” (O Escravo Gaúcho — Resistência e Trabalho -Porto Alegre, Ed. da UFRGS).

O massacre da Batalha de Porongos, na madrugada do dia 14 de novembro de 1844, não fora uma surpresa como querem fazer crer certos tradicionalistas oficialescos; foi antes de tudo uma vil traição contra quem dedicaram dez anos de suas vidas a defender... “Traição de Porongos, que mais foi a matança de um só lado do que peleja, dispersou a principal força republicana e manifestou morta a rebelião. (…) Em Porongos pois, a revolução expirou. Foi daí que se seguiu o entabulamento das negociações, que deram tranquilidade ao Rio Grande do Sul” (Araripe, Tristão de Alencar. Guerra civil no Rio Grande Do Sul: memória acompanhada de documentos lida no Instituto Histórico Geográfico do Brasil. Porto Alegre, CORAG, 1986, p.211). Os lanceiros, desconhecendo a traição e a covardia de seu comandante resistiram bravamente até serem liquidados... A perfídia foi tão vil que causou até mesmo ira indignada em Bento Gonçalves: “Perder batalhas é dos capitães e ninguém pode estar livre disto; mas dirigir uma massa e prepará-la para sofrer uma surpresa semelhante (…) é (…) covardia do homem que assim se conduz”. [Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul. Coletânea de Documentos de Bento Gonçalves da Silva. 1835/1845]

Duque de Caxias, o "pacificador" sanguinário
Estava encaminhada a paz a partir de um ato de covardia e baixeza moral entre dois comandantes! Logo veio a paz do “Poncho Verde” em 1845, na qual senhores de escravos, tanto pelo lado do império como dos farrapos, se confraternizavam em abraços e inundavam os espíritos com juras de eterna lealdade.

Enfim, todo o processo da revolta farroupilha fora romantizado pela literatura (O Continente, “O tempo e o Vento”, Érico Veríssimo, 1947) e apropriado ideologicamente pela oligarquia pecuarista gaúcha (com aporte é claro da mídia corporativa) se valendo de historiografia guasca tradicional e oficialesca adepta da “democracia dos pampas”, num purismo injustificado realçando o espirito “libertário” dos grandes “estancieiros” e seu suposto caráter popular. Ao longo dos anos, conseguiram transformar uma vergonhosa e retumbante derrota em vitória perante as tropas imperiais. Inacreditável o desconhecimento dos fatos históricos e da diminuta população regional da província gaúcha na época, cuja “povoação” se dava por estancias militarizadas.

Segue em curso a “Semana Farroupilha”, continuam os desfiles de cavaleiros pilchados com suas bombachas, se empanturrando de churrasco, o mito feito carnaval regional passa pelas ruas com seu “fascio” (Pira da Pátria Farroupilha – chama crioula) em seu proselitismo quase religioso, no entanto, verdadeiras e autênticas são as bostas que expelem os animais ao percorrerem as vias urbanas das cidades do interior e da capital...

CRONOLOGIA DO CONFLITO

1835
19/09 - Gomes Jardim e Onofre Pires comandam uma força de 200 rebeldes. Acampados nas cercanias de Porto Alegre, enfrentam os legalistas na Ponte da Azenha.
20/09 - Os revoltosos entram em Porto Alegre. O presidente da Província, Antônio Fernandes Braga, foge para Rio Grande.
21/09 - Bento Gonçalves chega à Capital.
08/10 - Os farroupilhas ocupam Piratini.

1836
15/06 - Depois de várias escaramuças, Porto Alegre é retomada pelos imperiais.
10/09 - Combate do Seival
11/09 - O general Netto proclama a República Rio-grandense.
04/10 - Combate da Ilha do Fanfa. Bento é preso.
06/11 - Instala-se em Piratini, escolhida Capital, o primeiro governo republicano. Apesar de preso, Bento Gonçalves é eleito presidente. O cargo fica interinamente com Gomes Jardim.

1837
07/05 - Forças farrapas comandadas pelo general Netto restabelecem o cerco sobre Porto Alegre, mas não conseguem tomar a Capital.
10/09 - Bento Gonçalves foge da fortaleza onde se encontrava preso, na Bahia, e volta à província.
10/11 - Bento reassume o comando rebelde e se incorpora às tropas que cercam Porto Alegre.

1838
30/04 - Combate de Rio Pardo.
20/05 - O italiano Giuseppe Garibaldi dá início à construção de dois lanchões no estaleiro farrapo, montado às margens do Rio Camaquã.

1839
14/02 - O governo rebelde é transferido para Caçapava, que passa a ser a nova capital da República Rio-grandense.
06/06 - Começa a travessia dos lanchões Rio Pardo e Seival, da Lagoa dos Patos até Tramandaí. Parte do trajeto é feito por terra, e as embarcações são puxadas por juntas de boi.
29/07 - É proclamada a República Catarinense, em Laguna.

1840
22/03 - A capital da República Rio-grandense é transferida de Caçapava para Alegrete.
03/05 - Batalha do Taquari. Farrapos e legalistas proclamam-se vitoriosos.
16/07 - Os farrapos são derrotados em São José do Norte.

1841
19/10 - Apesar do cerco de quase quatro anos, Porto Alegre permanece inacessível aos farroupilhas. Por isso, recebe o título honorífico de “Leal e Valorosa”.
28/12 - Assinado tratado de ajuda mútua entre a República Rio-grandense e a República Oriental do Uruguai.

1842
09/11 - O barão de Caxias assume como presidente da Província de São Pedro e comandante das forças legalistas.
1º/12 - Abertura da Assembleia Constituinte da República Rio-grandense, em Alegrete.

1843
11/01 - O barão de Caxias marcha para os campos de batalha.
26/05 - Combate de Ponche Verde.

1844
27/02 - Duelo entre Bento Gonçalves e Onofre Pires, que morre quatro dias depois em consequência dos ferimentos.
14/11 – Traição de Canabarro, os farrapos são atacados e derrotados no combate de Porongos.

1845
28/02 - É assinado o acorde de paz entre farroupilhas e imperiais em Ponche Verde. Canabarro, comandante do exército republicano, proclama o fim do conflito.

1º/03 - O barão de Caxias anuncia a pacificação.