sexta-feira, 21 de outubro de 2016

O PERÍODO PÓS-GOLPE INSTITUCIONAL NO BRASIL: junta de rentistas impostores assume controle do (des)governo federal


O
 golpe institucional perpetrado contra o governo da frente popular, por força do STF, PF e Parlamento, insere-se em cima de um novo patamar político e econômico, aberto em nível internacional. E como tal vai se aprofundando em seu curso reacionário no Brasil e quiçá na América Latina em seus aspectos ideológicos e políticos, que inelutavelmente refletem a nova superestrutura jurídica e econômica do país. A edição e aprovação em primeiro turno da PEC 241 é o exemplo cabal desta tendência nefasta, imposta por uma junta financista ultraneoliberal sob as escusas de uma “crise econômica herdada do PT”, cujo expoente é Henrique Meirelles, o homem de confiança do capital financeiro e tem o usurpador Temer como fantoche.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

DO “MENSALÃO” ÀS “JORNADAS DE JUNHO DE 2013”; DA “LAVA JATO” AO GOLPE INSTITUCIONAL-MIDIÁTICO: as eleições municipais no marco da fascistização do regime político e o rearranjo das oligarquias no Brasil


A
s eleições municipais deixaram uma marca indelével, apesar de ser um terreno distorcido do nível de consciência das massas, a enorme quantidade de votos nulos, brancos e abstenções nos maiores colégios eleitorais brasileiros, como São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre... Contanto, antes de indicar um elemento de progressividade neste âmbito, revela de forma acachapante a continuidade da fraude política inaugurada com o “Mensalão” a partir de 2012; passou pelas tão enaltecidas “jornadas de junho” de 2013 quando a direita retrógrada mostrou seus dentes raivosos balizada pela mafiosa Rede Globo. Como nada fora provado contra o PT – o alvo estratégico de Joaquim Barbosa – nos processos farsas do “mensalão”, apenas uma estúpida tese de “domínio do fato”, era necessário algo mais profundo e espetacular. Criou-se a operação “lava jato” desde os bastidores do Departamento de Estado dos EUA, com o claro fito de criminalizar o PT e o conjunto da esquerda no Brasil em conluio com a grande mídia corporativa sob o címbalo obscuro de um admirador confesso de Benito Mussolini, o juizeco e dublê de justiceiro Sérgio Moro. Neste ínterim, surge a nefasta figura de Eduardo Cunha como presidente da Câmara quem, ao lado do PSDB, inviabilizou a governabilidade da frente popular. Não que Dilma dispusesse alguma pauta progressista aos “digníssimos” deputados; ao contrário, sua agenda era neoliberal e entreguista pari passu! Cunha aprova a censura nas eleições, com a limitação do tempo de propaganda e a participação de pequenos partidos de esquerda, restringindo-os a incríveis seis segundos! Uma lei piorada em relação àquela da ditadura militar, a odiada “Lei Falcão”...

sábado, 1 de outubro de 2016

ESTADOS UNIDOS ENCABEÇAM FRENTE TERRORISTA AL NUSRA: desvendam-se plano e agenda criminosa para balcanizar e criar “regimes salafistas” na Síria


N
os últimos dias temos presenciado a intensificação dos ataques ao regime sírio por intermédio não só de bombas, mas também pelas linhas tortas da “mídia mainstream”1, acusando-o a seu modo como sendo responsável pelos constantes massacres da população e a dizimação bélica das caravanas de ajuda humanitária em Aleppo. Porém, como veremos, trata-se de uma pugna ideológica – claro, compreendida como expressão de uma guerra sangrenta de extermínio – e de propaganda das grandes potências ocidentais para desestabilizar e desmoralizar o regime político laico e republicano de Assad2. Seu método são as sabotagens e mentiras tomadas como fatos indeléveis. Para comprovar semelhante descalabro basta analisarmos rapidamente o que “jornalões” publicam e divulgam através de suas pautas arquitetadas desde os bastidores do Pentágono e sordidamente pensadas a partir da CIA. Soma-se que os EUA não participam como meros expectadores, mas com mão ativa ao insuflar grupos jihadistas reacionários contra os sírios, o que fica bem exposto após a entrevista que um dirigente do grupo al Nusra, o comandante Abu al-Ezz, concedeu ao jornal alemão Kölner Stadt Anzeiger (26/9/2016). A frente Al-Nusra a que pertence Abu é uma dissidência da Al Qaeda, rebatizada sob a orientação dos EUA de Frente Fatah al-Sham para dificultar o controle russo na região leste da Síria.