quarta-feira, 28 de junho de 2017

200 ANOS DA BICICLETA: Duas rodas que mudaram - e podem mudar - o modo de ser e o Ser!

A "draisiana" criada há 200 anos
By André Fava                       

C
ada vez mais difundida nos hábitos urbanos nas grandes metrópoles, a bicicleta está completando 200 anos de existência e sofisticação! De simples brinquedo evoluiu para um dos veículos mais utilizados no mundo – somente na China são mais de 500 milhões de bicicletas –, inclusive proporcionando rupturas nos costumes e nas tendências políticas como a emancipação da mulher. Notícias esparsas indicam que a bicicleta teria sido idealizada por Leonardo da Vinci esboçada em seu Codex Atlanticus, mas historiadores contestam a versão, afirmando ser falsa1. O tema é controverso. Entretanto, a bicicleta deixa os esboços em papel para dar seus primeiros sinais de existência numa época em que as fontes de energia estavam sendo questionadas e estudadas cuja máquina a vapor começava a despontar no horizonte tecnológico da Revolução Industrial no Século XVIII. Nasceram quase que simultaneamente enquanto mentalidade e funcionalidade! Ou seja, vivia-se uma época de grande expansão econômica e, consequentemente, da indústria que cria novas necessidades materiais, o que redunda numa fé inabalável na realização da ciência e na liberdade individual. A máquina viria para libertar o trabalho do Homem, conceder-lhe mais tempo para o livre pensar e o lazer, enfim melhorar as condições de vida. O progresso seria um moto-contínuo perpétuo e inabalável da Humanidade. Claro, crença, nada mais... Guerras e conflitos virão em nome da disputa de mercados.

sexta-feira, 16 de junho de 2017

PORQUE O FRUTO PODRE NÃO CAI: Fração burguesa apoia Temer, enquanto direções sindicais apostam na institucionalidade eleitoral até 2018!


O
moribundo governo Temer está podre e claudicante. Mas, por que não cai? São múltiplos os fatores: está sendo sustentado a fórceps por uma fração minoritária da burguesia paulista (Fiesp e o agronegócio) e a oligarquia nordestina (teles e empresariado ligado ao setor terciário), as quais têm como representante e porta-voz o PSDB e seus satélites (DEM, PR etc.) no Congresso. Contudo, a tucanalha não apresenta consenso em suas propostas de manter em pé o semicadavérico peemedebê. FHC, astutamente com um pé na governabilidade e salvação do regime, encampou sem titubear a proposta da esquerda, aquela adaptada ao status quo, de “eleições gerais” (os morenistas que se manifestem!). Atesta sua nota: “A conjuntura política do Brasil tem sofrido abalos fortes e minha percepção também. Se eu me pusesse na posição de presidente e olhasse em volta reconheceria que estamos vivendo uma quase anomia” (O Globo, 16/6). Intimamente relacionada à “tese” do velho tucano corrupto, como elemento fundamental da permanência da quadrilha de assaltantes no Planalto, está a incapacidade da esquerda em superar os limites impostos pelo regime, cujo plano programático não ultrapassa a ideia de “eleições gerais” ou das “diretas já”, ou estapafurdicamente uma a-histórica “nova constituinte” (inacreditável!!!!). Até mesmo o projeto de greve geral para o dia 30 de junho está sendo descartado pelas direções sindicais, pois deixar o vampiro-mordomo sangrar favorece as pretensões eleitorais do PT em 2018.