O
|
13 de Maio, dia que marca a
abolição da escravatura no Brasil pela “princesa” Isabel, tem sido colocado no
limbo da história, entendendo-o como uma farsa e um “beneplácito real”. E aqui
se encaixam tanto as tendências liberais como as ditas da esquerda “identitária”
e partidos ditos revolucionários, claro com as devidas diferenciações e
motivações políticas. No primeiro caso, contudo é compreensível a deturpação e “esquecimento”
do significado histórico da data, mas o movimento negro e esquerda partidária
resulta de sua própria crise de “identidade”, que deveria sim celebrá-la com
todos os auspícios que os acontecimentos exigem! No fundo, esta compreensão parte
de uma historiografia conservadora marcada pela recusa à evolução
revolucionária no Brasil, a de que o povo explorado pudesse ser vanguarda dos
processos políticos enraizados na sociedade escravocrata-patriarcal.