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guerra contra o
Paraguai, iniciada no 13 de dezembro de 1864, foi o maior e mais sangrento conflito
militar da América Latina. Diferente do que a historiografia positivista (e os
neopositivistas ou antimarxistas encabeçados por Francisco Doratioto) que
compartimentaliza a História, a abordagem desse artigo será sob a perspectiva
do materialismo histórico, a que coloca a guerra dentro de um
movimento universal – embora nem sempre consciente – de desenvolvimento do
capitalismo em âmbito mundial. Ou seja, das colônias latino-americanas, das
independências, da guerra propriamente dita, tudo como resultado de um novo
modo de produção que emergia através das guerras napoleônicas na Europa ainda
transitoriamente “feudal”, destacando de soslaio o processo da guerra civil
norte-americana. Neste viés, as guerras assumem não mais apenas o papel de
saquear povos e nações, mas serviriam para abrir forçosamente mercados e
instaurar governos “sátrapas” ao redor do globo terrestre, naquilo que se
converteu na “era dos impérios” que começou pela Índia e a China nas chamadas “guerras
do ópio”.