![]() |
Concentração dos manifestantes no Largo do Batata, em São Paulo |
A
|
greve geral do dia 28
de abril pode, sem dúvida, ser considerada uma das mais expressivas que o país
presenciou em toda a sua história: centenas de milhares de trabalhadores e
desempregados aderiram nos principais centros produtivos das grandes metrópoles
a uma GREVE ESSENCIALMENTE POLÍTICA!
Por si só, independente do projeto e trajetória de traições das principais
direções do movimento sindicato como a CUT – as quais durante os governos Lula
e Dilma cumpriram o nefasto papel de engessar a ação organizada dos
trabalhadores, atuando como correia de transmissão do Planalto e das mais
reacionárias oligarquias regionais – as massas exploradas demonstraram uma
grande disposição de se enfrentar com a claque de bandidos instaurados no
Planalto e no judiciário. A estratégia petista de colaboração de classes
enfraqueceu substancialmente o movimento operário. Evidentemente que o PT e a
CUT têm imensa responsabilidade com a atual situação política. O primeiro
promoveu o chamado “pacto oligárquico” com o que há de mais podre, fisiológico
e reacionário exposto no tabuleiro da política nacional (clã dos Sarney, Renan
Calheiros, Collor, Maluf, Igreja Universal, PMDB e por aí vai...), que
impreterivelmente no despertar da época de crise se rebelou sem pestanejar em
diáspora de ratos; a segunda atuou durante 14 anos como chapa branca e elemento
de contenção de protestos e lutas, cujo governo petista chegou ao ponto de criminaliza-las
como durante os eventos da Copa do Mundo de 2013-14 como sendo ação de
terroristas. Em consequência, criou a “Lei Antiterrorismo” que vigora até hoje,
com a qual a tucanalha se refestela e baixa a borracha.