terça-feira, 19 de setembro de 2017

182 ANOS DA REVOLUÇÃO FARROUPILHA: o passado nada heroico da oligarquia rio-grandense na construção mitológica do “gaúcho guerreiro”


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m meio à profunda crise por que passa o estado do Rio Grande do Sul, consequência do modelo implantado à fórceps em nível federal pelos elementos mais reacionários e retrógrados na política nacional, os condutores do golpe constitucional que depôs o governo do PT, comemora-se a “Semana Farroupilha”. Odes são cantadas à “epopeia heroica” do povo gaúcho, sua tenacidade guerreira e seu brio nacionalista. Determinação acentuada e cultivada que coloca o ultraneoliberal Sartori para governar o estado! Veremos que a mitologia positivista criou falsos “deuses” e idealizou anseios e devaneios de classe (oligarca), de libertarismo, difundiu a ideia da “superioridade gaúcha”. Mas põe um antipovo entreguista para conduzir o estado! Além dos aspectos superestruturais (campo das ideias), a “Revolução Farroupilha” encerra inúmeros cursos ignominiosos e de derrotas tático-programáticas em razão a infantis erros estratégicos dos farroupilhas e seu imaginário no campo de batalha. A atual crise econômica faz com que o “patriotismo gaúcho” seja utilizado como medida diversionista pela mídia corporativa. Senão vejamos em uma análise bem sintética.

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

7 DE SETEMBRO DE 1822: o “Grito” do absolutismo monárquico na “Independência” do Brasil



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estes dias recentes comemora-se a “Independência do Brasil” como se fosse algo faustoso, heroico e repentino. Bem diferente do que se ensina no formalismo escolar, o processo de independência foi tortuoso e cheio de traços emblemáticos-políticos deflagrados por gestos e faniquitos da família imperial, muito além do que a literatura positivista quis demonstrar ou imaginar em seu deletério antimonarquista. No polo oposto do que apregoavam os positivistas-republicanos, a monarquia brasileira desempenhou um papel importante no desenrolar do processo de ruptura com Portugal, muito mais como atuação reacionária à nova ordem mundial, o esfacelamento do antigo sistema colonial e a ascensão do capitalismo europeu.