“A Sabesp teve lucro líquido de 13 bilhões de 2003 pra cá. Reinvestiu uma parte, mas mandou a maioria pros investidores”
Não tem mais como a mídia corporativa esconder a chamada “crise hídrica” debaixo do tapete porque antes era um problema que só atingia as periferias pobres! Hoje o colapso envolve até a “nata” do Morumbi e o complexo industrial metropolitano. Não por coincidência, até Minas Gerais “entrou na baila”, claro, principalmente agora que é administrado pelo PT – “a situação é grave, principalmente na região metropolitana e no Norte do estado. Cerca de 50 municípios enfrentam racionamento e quatro estão em colapso iminente. Além disso, outras 100 cidades estão em estado de alerta” (Blog Vi o Mundo, 28/1). O Brasil, que é dono do maior potencial hídrico do planeta está vai passar sede em mais da metade de seus munícipios, aqui incluso 71% da população urbana, cerca de 125 milhões de pessoas. O problema, no entanto, não se concentra apenas na escassez de chuvas ou por mera conveniência eleitoral como querem fazer crer os blogueiros chapa branca – o que é um simplismo diversionista e uma análise grosseira da realidade -, é muito mais profundo e perpassa por claras orientações políticas, quer pelos 20 anos de governos tucanos em São Paulo, quer pelas 12 temporadas do PT na gestão do Estado burguês em nível federal. A questão dos recursos hídricos passa por uma concepção de estratégia de manutenção e aperfeiçoamento de seus recursos naturais como um bem imprescindível para a Humanidade. Assim, tanto a tucanalha como os “gerentes” do Estado capitalista do PT são os responsáveis diretos por uma crise econômica e social de grandes proporções. E não se trata de uma visão catastrofista, pois o drama apenas inicia-se, uma vez que a crise é econômica e política, produzida muito secundariamente em razão de adversidades climáticas. O colapso do sistema de captação e de reservas hídricas estava previsto desde a década de 80, sendo que o primeiro sinal de esgotamento aconteceu em 2003. Os acionistas da Bolsa de Valores de Nova Iorque não estão nem um pouco interessados na falta de água na “república de bananas”, água mais cara é melhor para encher suas burras!