Resenha sobre o livro “A Cama na Varanda” - Arejando nossas idéias
a respeito de amor e sexo. - Regina Navarro
Lins
By Dóris I. Bonhen*
A
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Cama na Varanda é
um livro instigante, que retrata a sexualidade humana através dos tempos, nos
fazendo compreender, porque somos como somos e qual a “saída” para um dos
maiores dramas da atualidade: o relacionamento. A autora aborda a posição de
gêneros homem e mulher na relação e consequentemente na sociedade. Apresenta
assim, as mais diversas formas de amar, criticando a monogamia, pelo fato de a
mesma não apresentar mais mistérios e liberdade, fatores essenciais para um
relacionamento satisfatório e dá ênfase ao chamado “poliamor”.
A cama na varanda: arejando nossas idéias a respeito de amor e sexo: novas tendências / Regina Navarro Lins. - Ed. rev. e ampliada. - Rio de Janeiro: BestSeller, 2007. |
A sexualidade sempre foi um tabu nas famílias, nas escolas e
na sociedade. É na família que surgem as bases das atitudes sexuais, que são
mais culturais do que inatas. Na nossa sociedade, os relacionamentos
heterossexuais são os mais aceitos, existindo um preconceito enorme referente a
outras opções sexuais, promovendo uma verdadeira intolerância, o que
verificamos nos meios sociais diariamente.
A sexualidade passa pelo comportamento, pelas atitudes e
emoções, sendo perfeitamente aceitável que existam diversas opções sexuais e
que as mesmas não deveriam interferir na vida alheia, pois as escolhas são
livres, assim como cada indivíduo é único.
Uma relação satisfatória é aquela em que há respeito,
compreensão, construção mútua e igualdade, onde tanto homem quanto mulher
possam usufruir os mesmos direitos e deveres, sem dominação. Cada ser humano
que possui essa compreensão a respeito da sexualidade torna-se um agente
transformador da sociedade, tornando-a mais humana e igualitária.
O poliamor ainda é polêmico, pois somos frutos de uma
educação conservadora. Por razões de sobrevivência, a monogamia ainda terá um
período muito longo na sociedade. De esclarecer também, que os poliamorosos,
não combatem contra essa, mas pela liberdade de escolher como e quantas pessoas
querem amar, de forma transparente, sem hipocrisias, então não se trata de
revolução e sim de um nome novo a um comportamento bem antigo.
Agente transformador da sociedade, tornando-a mais humana e igualitária |
Que cada indivíduo possa se sentir livre para fazer a sua
opção sexual, respeitando as diferenças e propagando o amor… O amor sem
explicação, mas o amor simplesmente! Que arma poderosa temos em mãos para
transformar o mundo…
* Pedagoga formada pela Unisc-RS