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m fato muito relevante vem balançando o mundo: a atual
crise global do capitalismo agravada por causa do “surto” do coronavírus. No
entanto, esta verdadeira histeria deve ser compreendida dentro do contexto da
geopolítica e das políticas estratégicas, principalmente por parte dos Estados
Unidos trumperizado e substancialmente fascistizado pelos neocons. Neste
aspecto sobremaneira salientado, não podemos descartar a possibilidade de ser a
expressão moderna do século XXI de uma guerra híbrida: os ataques e cercos
militares convencionais por terra, água e ar, a lawfare ( justiça como intervenção - Lava Jato no Brasil), guerra
comercial que vão ao encontro da alta tecnologia da guerra biológica. Hipótese
(veja bem, hipótese dentro de um
enredo muito conhecido em relação às agências de inteligência como a CIA) vai
muito além de reles e nada científica teorias da conspiração, a qual pode ser
adotada inclusive pela extrema direita mundial. Deve-se levar em conta o grau de atrito hoje existente entre potências
capitalistas, principalmente expresso pelo binômio EUA X China, muito mais
grave do que aquela do século XIX no pré-guerra mundial. Para superar o rival,
ou inimigo, a resposta do império da águia se dá através da barbárie militar,
para a qual não há qualquer escrúpulo ou limite ético em suas ações terroristas.
CORONAVÍRUS, NEOLIBERALISMO FASCISTIZAÇÃO DE REGIMES
POLÍTICOS
Política belicista de Trump acirra guerra contra a China |
No centro das atenções dos Estados Unidos, muito embora a
grande mídia tente a todo custo esconder, está a contenção do avanço chinês no globo
(por mais que queiram afirmar ser plano!) e a geopolítica russa na eurásia. O
fato do coronavírus ter se originado na China é no mínimo suspeito, malgrado os
desmandos da burocracia do PCC. A tecnologia chinesa tem gradualmente se
mostrado superior a dos EUA, tanto é verdade que ela é a cabeça de ponte da
tecnologia 5G na telefonia móvel, uma das razões para as escaramuças da guerra
comercial contra o país asiático. Dando vazão a esta situação, recentemente a
Rússia exibiu ao mundo o seu míssil hipersônico cuja velocidade supera em muito
a do som, já disponibilizado para a China. Para os estrategistas militares americanos
esta tecnologia ainda é completamente desconhecida, o que alimenta a sede dos
falcões do Pentágono por mais desenvolvimento bélico e aprimoramento de armas
biológicas como contraponto a sua incapacidade de equiparar-se a seus rivais.
Cabe lembrar que a
crise provocada pelo vírus acontece num período em que o mundo está sob o surto
não menos destrutivo do neoliberalismo e da extrema-direita, cuja principal
referência se dá a partir da figura grotesca de Trump. São regimes políticos de
cunho fascistizantes que têm características neomalthusianas (concentração
absurda de renda, demolição do Estado, descarte da pessoa e descivilização planejada).
Orientação que vem desde o final da década de 70 do século passado (Reagan/Thatcher)
e aprofundada com maior intensidade no pós-11 de Setembro de 2001 (ataques às
torres gêmeas nos EUA). Assim, a crise do SARS, também na China, não por acaso,
aconteceu logo em seguida, em 2002! Chama atenção o epicentro da crise do coronavírus, Wuhan! Simplesmente é o centro político e econômico, cultural e educativo da China, um centro principal de rodovias, ferrovias que conectam todo o país. Aqui, não tem cobra, morcego que justifique um “surto natural”, pois a disseminação a partir desta cidades seria rápida e fulminante que paralisaria o país inteiro.
ARMAS DESENVOLVIDAS EM LABORATÓRIO DESDE OS NAZISTAS
As armas biológicas têm-se desenvolvido nos Estados Unidos
desde a década de 60 no século passado como expressão da Guerra Fria estabelecida
contra a URSS. Conhecido é o laboratório de Fort Detrick, situado Maryland, o
qual realiza experiências microbiológicas com animais de grande ou pequeno
porte a fim de expandir agentes infecciosos como atividades bélicas. De lá para
cá, as pesquisas foram aprofundadas com imensos recursos e aportes financeiros
em mais de 100 bilhões de dólares. Convenções mundiais proibiram como arma de
ataque, mas foi camuflado como “propriedade de defesa” e não de guerra
(Departamento de Defesa), o que lhe torna inimputável sob a ótica do direito
internacional. Seu uso poderia liquidar
rapidamente a população mundial e funciona como elemento de barganha contra
seus adversários, claro, além das milhares de bombas atômicas dispostas
estrategicamente por todo o planeta. O Fort Detrick atua desde 1943 e detém
todos os bancos de dados referentes às armas bacteriológicas dos nazistas,
dando corpo ao chamado Instituto de Enfermidades Infecciosas do Exército (USAMRIID)
como fachada legal.
O laboratório da morte nos EUA |
Denúncias surgem afirmando que Fort Detrick inoculou vírus
HIV/AIDS, Ébola, peste bubônica, antraz e, mais criminosamente ainda, o
desenvolvimento de inúmeros tipos de câncer que podem matar selecionadamente um
“inimigo” do “american way life” (Hugo Chávez provavelmente teria sido vítima
destes experimentos). Outro laboratório militar, o Plum Island1,
funciona como “executivo” das estratégias secretas: matar personalidades,
espionar, manipular grupos de extrema-direita e trabalhar com agentes
biológicos. Enfim, a guerra suja dos EUA contra a China tem uma infinidade de
agentes e executores, o que não se descarta a possibilidade do coronavírus
também ser obra a indústria bélica biológica.
O artigo de Pepe Escobar elucida muito bem o atual estado da
guerra fria entre EUA e China: “O único concorrente econômico dos Estados
Unidos dedica-se agora a reconectar a maior parte do mundo a uma versão para o
século XXI de um sistema de comércio articulado em rede cujo auge durou mais de
um milênio: as Rotas da Seda Eurasianas. Como seria inevitável, esse estado de
coisas é algo que os setores interconectados das classes dominantes dos Estados
Unidos simplesmente não poderiam aceitar.”2 Desta forma, acrescenta: “Baseando-se em décadas de pesquisa em
guerra biológica, o Deep State dos EUA está totalmente familiarizado com todas
as implicações de armas biológicas. De Dresden, Hiroshima e Nagasaki à Coreia,
Vietnã e Fallujah, os registros históricos mostram que o governo dos Estados
Unidos não pisca quando se trata de lançar armas de destruição em massa em
civis inocentes.” (Idem). Acrescente-se as bombas de fósforo despejadas
sobre a população palestina nos dias atuais.
GUERRA BIOLÓGICA COMO OFENSIVA DE GUERRA
O Dr. Boyle, o insuspeito criador da Lei antiterrorismo
biológico, afirmou que o coronavírus foi uma arma criada em laboratório: “parece-me
que o Wuhan BSL-4 é a fonte do coronavírus. Meu palpite é que eles estavam
pesquisando o SARS e o aumentaram ainda mais, dando a ele um ganho de
propriedades de função, o que significa que poderia ser mais letal.”3.
Assevera ainda: “esses laboratórios do BSL-4 são dos Estados Unidos, Europa,
Rússia, China, Israel, todos estão lá para pesquisar, desenvolver, testar
agentes de guerra biológica. Não há realmente nenhuma razão científica legítima
para ter laboratórios de BSL-4. Essa quantia eu dei U$$ 100 bilhões, isso foi
por volta de 2015, eu acredito. Eu havia analisado os números e descobri esse
número nos Estados Unidos desde o 11 de setembro... Basicamente, trata-se de
armas biológicas ofensivas levantadas pelo governo dos Estados Unidos e com sua
assistência no Canadá e na Grã-Bretanha.” (Idem). E arremata: “os laboratórios
BSL-4, temos muitos deles aqui nos Estados Unidos, são usados para desenvolver
armas ofensivas de guerra biológica com engenharia genética de DNA...” (Idem).
O que provoca ainda
mais questões e dúvidas foi que o surto começou logo após o assassinato do
General iraniano Qassem Soleimani por drones comandados por Trump. O Irã
tem apoio de Rússia e China. E mais: agora é um dos países mais afetados pelo
vírus (43 pessoas já morreram). A Coreia do Norte vai ser o próximo alvo. Nenhum
acaso acontece neste cenário de guerra aberta pelo histriônico comandante do
imperialismo americano. Acontece que ninguém tem para si o controle da ameaça
biológica, pode-se perder-se na anarquia do capitalismo, atingindo proporções
colossais.
Notas:
1 https://www.nytimes.com/2016/09/15/nyregion/plum-island-home-to-top-secret-lab-faces-uncertain-future.html.
Acesso em 28 de fevereiro/2020.
2 https://www.strategic-culture.org/news/2020/02/21/no-weapon-left-behind-the-american-hybrid-war-on-china/.
Acesso em 28 de fevereiro/2020.
3 http://www.informationclearinghouse.info/53001.htm.
Acesso em 26 de fevereiro de 2020.