sábado, 29 de fevereiro de 2020

CORONAVÍRUS E GEOPOLÍTICA: colocar a China nas cordas através da guerra híbrida como suposta medida de força dos EUA


U
m fato muito relevante vem balançando o mundo: a atual crise global do capitalismo agravada por causa do “surto” do coronavírus. No entanto, esta verdadeira histeria deve ser compreendida dentro do contexto da geopolítica e das políticas estratégicas, principalmente por parte dos Estados Unidos trumperizado e substancialmente fascistizado pelos neocons. Neste aspecto sobremaneira salientado, não podemos descartar a possibilidade de ser a expressão moderna do século XXI de uma guerra híbrida: os ataques e cercos militares convencionais por terra, água e ar, a lawfare ( justiça como intervenção - Lava Jato no Brasil), guerra comercial que vão ao encontro da alta tecnologia da guerra biológica. Hipótese (veja bem, hipótese dentro de um enredo muito conhecido em relação às agências de inteligência como a CIA) vai muito além de reles e nada científica teorias da conspiração, a qual pode ser adotada inclusive pela extrema direita mundial. Deve-se levar em conta o grau de atrito hoje existente entre potências capitalistas, principalmente expresso pelo binômio EUA X China, muito mais grave do que aquela do século XIX no pré-guerra mundial. Para superar o rival, ou inimigo, a resposta do império da águia se dá através da barbárie militar, para a qual não há qualquer escrúpulo ou limite ético em suas ações terroristas.

CORONAVÍRUS, NEOLIBERALISMO FASCISTIZAÇÃO DE REGIMES POLÍTICOS

Política belicista de Trump acirra guerra contra a China
No centro das atenções dos Estados Unidos, muito embora a grande mídia tente a todo custo esconder, está a contenção do avanço chinês no globo (por mais que queiram afirmar ser plano!) e a geopolítica russa na eurásia. O fato do coronavírus ter se originado na China é no mínimo suspeito, malgrado os desmandos da burocracia do PCC. A tecnologia chinesa tem gradualmente se mostrado superior a dos EUA, tanto é verdade que ela é a cabeça de ponte da tecnologia 5G na telefonia móvel, uma das razões para as escaramuças da guerra comercial contra o país asiático. Dando vazão a esta situação, recentemente a Rússia exibiu ao mundo o seu míssil hipersônico cuja velocidade supera em muito a do som, já disponibilizado para a China. Para os estrategistas militares americanos esta tecnologia ainda é completamente desconhecida, o que alimenta a sede dos falcões do Pentágono por mais desenvolvimento bélico e aprimoramento de armas biológicas como contraponto a sua incapacidade de equiparar-se a seus rivais.

Cabe lembrar que a crise provocada pelo vírus acontece num período em que o mundo está sob o surto não menos destrutivo do neoliberalismo e da extrema-direita, cuja principal referência se dá a partir da figura grotesca de Trump. São regimes políticos de cunho fascistizantes que têm características neomalthusianas (concentração absurda de renda, demolição do Estado, descarte da pessoa e descivilização planejada). Orientação que vem desde o final da década de 70 do século passado (Reagan/Thatcher) e aprofundada com maior intensidade no pós-11 de Setembro de 2001 (ataques às torres gêmeas nos EUA). Assim, a crise do SARS, também na China, não por acaso, aconteceu logo em seguida, em 2002! Chama atenção o epicentro da crise do coronavírus, Wuhan! Simplesmente é o centro político e econômico, cultural e educativo da China, um centro principal de rodovias, ferrovias que conectam todo o país. Aqui, não tem cobra, morcego que justifique um “surto natural”, pois a disseminação a partir desta cidades seria rápida e fulminante que paralisaria o país inteiro.

ARMAS DESENVOLVIDAS EM LABORATÓRIO DESDE OS NAZISTAS

As armas biológicas têm-se desenvolvido nos Estados Unidos desde a década de 60 no século passado como expressão da Guerra Fria estabelecida contra a URSS. Conhecido é o laboratório de Fort Detrick, situado Maryland, o qual realiza experiências microbiológicas com animais de grande ou pequeno porte a fim de expandir agentes infecciosos como atividades bélicas. De lá para cá, as pesquisas foram aprofundadas com imensos recursos e aportes financeiros em mais de 100 bilhões de dólares. Convenções mundiais proibiram como arma de ataque, mas foi camuflado como “propriedade de defesa” e não de guerra (Departamento de Defesa), o que lhe torna inimputável sob a ótica do direito internacional. Seu uso poderia liquidar rapidamente a população mundial e funciona como elemento de barganha contra seus adversários, claro, além das milhares de bombas atômicas dispostas estrategicamente por todo o planeta. O Fort Detrick atua desde 1943 e detém todos os bancos de dados referentes às armas bacteriológicas dos nazistas, dando corpo ao chamado Instituto de Enfermidades Infecciosas do Exército (USAMRIID) como fachada legal.

O laboratório da morte nos EUA
Denúncias surgem afirmando que Fort Detrick inoculou vírus HIV/AIDS, Ébola, peste bubônica, antraz e, mais criminosamente ainda, o desenvolvimento de inúmeros tipos de câncer que podem matar selecionadamente um “inimigo” do “american way life” (Hugo Chávez provavelmente teria sido vítima destes experimentos). Outro laboratório militar, o Plum Island1, funciona como “executivo” das estratégias secretas: matar personalidades, espionar, manipular grupos de extrema-direita e trabalhar com agentes biológicos. Enfim, a guerra suja dos EUA contra a China tem uma infinidade de agentes e executores, o que não se descarta a possibilidade do coronavírus também ser obra a indústria bélica biológica.

O artigo de Pepe Escobar elucida muito bem o atual estado da guerra fria entre EUA e China: “O único concorrente econômico dos Estados Unidos dedica-se agora a reconectar a maior parte do mundo a uma versão para o século XXI de um sistema de comércio articulado em rede cujo auge durou mais de um milênio: as Rotas da Seda Eurasianas. Como seria inevitável, esse estado de coisas é algo que os setores interconectados das classes dominantes dos Estados Unidos simplesmente não poderiam aceitar.”2 Desta forma, acrescenta: “Baseando-se em décadas de pesquisa em guerra biológica, o Deep State dos EUA está totalmente familiarizado com todas as implicações de armas biológicas. De Dresden, Hiroshima e Nagasaki à Coreia, Vietnã e Fallujah, os registros históricos mostram que o governo dos Estados Unidos não pisca quando se trata de lançar armas de destruição em massa em civis inocentes.” (Idem). Acrescente-se as bombas de fósforo despejadas sobre a população palestina nos dias atuais.

GUERRA BIOLÓGICA COMO OFENSIVA DE GUERRA

O Dr. Boyle, o insuspeito criador da Lei antiterrorismo biológico, afirmou que o coronavírus foi uma arma criada em laboratório: “parece-me que o Wuhan BSL-4 é a fonte do coronavírus. Meu palpite é que eles estavam pesquisando o SARS e o aumentaram ainda mais, dando a ele um ganho de propriedades de função, o que significa que poderia ser mais letal.”3. Assevera ainda: “esses laboratórios do BSL-4 são dos Estados Unidos, Europa, Rússia, China, Israel, todos estão lá para pesquisar, desenvolver, testar agentes de guerra biológica. Não há realmente nenhuma razão científica legítima para ter laboratórios de BSL-4. Essa quantia eu dei U$$ 100 bilhões, isso foi por volta de 2015, eu acredito. Eu havia analisado os números e descobri esse número nos Estados Unidos desde o 11 de setembro... Basicamente, trata-se de armas biológicas ofensivas levantadas pelo governo dos Estados Unidos e com sua assistência no Canadá e na Grã-Bretanha.” (Idem). E arremata: “os laboratórios BSL-4, temos muitos deles aqui nos Estados Unidos, são usados para desenvolver armas ofensivas de guerra biológica com engenharia genética de DNA...” (Idem).

O que provoca ainda mais questões e dúvidas foi que o surto começou logo após o assassinato do General iraniano Qassem Soleimani por drones comandados por Trump. O Irã tem apoio de Rússia e China. E mais: agora é um dos países mais afetados pelo vírus (43 pessoas já morreram). A Coreia do Norte vai ser o próximo alvo. Nenhum acaso acontece neste cenário de guerra aberta pelo histriônico comandante do imperialismo americano. Acontece que ninguém tem para si o controle da ameaça biológica, pode-se perder-se na anarquia do capitalismo, atingindo proporções colossais.

Notas:                      



3 http://www.informationclearinghouse.info/53001.htm. Acesso em 26 de fevereiro de 2020.