Os eventos climáticos extremos que o povo gaúcho vivencia não foi algo imprevisto, nem de incidências meramente naturais: a mão do homem neoliberal está presente. Há anos vinha sendo alertado, mas nada de concreto fora feito; ao contrário, governos municipais e estaduais levaram a cabo profunda destruição das infraestruturas do Estado enquanto ente público. O estado do Rio Grande do Sul e a capital Porto Alegre são os exemplos aprimorados do efeito deletério do ultraneoliberalismo na vida dos trabalhadores e na população em geral. Acumulam-se descasos e tragédias há pelo menos dois meses: na região metropolitana e na capital vem de anos a crise no sistema de saúde, colapsada via sucateamento. Governo federal cortou bilhões em verbas para saúde em nome do “ajuste fiscal” imposto pela extrema-direita bolsonarista; o governo do estado, Eduardo Leite, destruiu o IPE, de assistência ao funcionário público e a rede hospitalar; em nível municipal, o prefeito bolsonarista Sebastião Melo demitiu dois mil agentes da saúde, precarizando ainda mais a rede de atendimento hospitalar. Em Canoas, a terceira maior cidade do estado, a crise na saúde é ainda mais drástica em meio a denúncias de corrupção por parte do prefeito Jairo Jorge.
terça-feira, 7 de maio de 2024
sábado, 16 de março de 2024
OPPENHEIMER, O FILME. Sob o clarão bomba atômica, Ciência, poder e o horror das guerras atuais
B
terça-feira, 2 de janeiro de 2024
FILME O MUNDO DEPOIS DE NÓS: preocupação com o fim do “american way life” no contexto distópico da sociedade
SEM SPOILER — Um filme repleto de suspense, quase tirando o fôlego do expectador, com uma trilha sonora impactante — ainda mais se assistido em um system sound 5.1, no qual os sons giram nas seis caixas de som e nos proporciona uma imersão virtual no mundo relatado no filme de sustos e incertezas — assim é “O mundo depois de nós”. Apesar do título em português estar fora de contexto, por não expressar o real conteúdo da película, há muitos elementos a serem observados. Em primeiro lugar, claro, o título em inglês “Leave the World Behind” – deixar o mundo para trás – tem muito mais a ver com a trama e sua profundidade dialógica e estética, que podem passar despercebidas a olhares e ouvidos menos atentos.
quinta-feira, 12 de outubro de 2023
PALESTINA versus ISRAEL: Não é guerra civil, mas um povo em defesa de sua libertação, da vida, após quase cem anos de colonialismo e extermínio étnico
É completamente falsa a cobertura que a mídia corporativa pró-Estados Unidos vem fazendo acerca da chamada “guerra” entre o estado nazi-sionista1 de Israel e o Hamasi. Antes de tudo, é preciso afirmar com contundência que Israel surgiu com a condescendência política das maiores potências econômicas em 1947-1948, criando facilidades para que o movimento sionista ocupasse o território palestino (divisão arbitrária do Oriente Médio). A resistência árabe foi ferrenha, o que provocou a ira nos futuros enclavistas sob a proteção da ONU: colocaram em prática uma verdadeira carnificina, a tragédia conhecida como Nakba (projeto colonialista elaborado pelos sionistas desde finais do século XIX), quando mais de 500 aldeias palestinas foram varridas do mapa, provocando a fuga em massa da população civil para a Cisjordânia, Gaza e países limítrofes, criando campos de refugiados (algo muito similar aos campos de concentração nazistas). À época árabes palestinos somavam 1,3 milhões, enquanto os judeus não passavam de 600 milii, ambos conviviam sem maiores problemas até meados do século XIX, dentro da Palestina.
sábado, 8 de outubro de 2022
PRIMEIRO TURNO ELEIÇÕES/2022: “vitória de pirro” de Lula perante rede de desinformação articulada pelo bolsonarismo
O ex-presidente Lula obteve a vitória neste pleito diante do atual mandatário da cadeira presidencial. No entanto, trata-se de uma vitória de pirro, pois como contraponto houve uma impregnação no Congresso Nacional com o que há de mais abjeto e asqueroso na política do país. Escroques de todo matiz foram eleitos de forma avassaladora para o Senado e Câmara dos Deputados. Enquanto que a esquerda avançou em números, porém continua minoritária. A perspectiva para o segundo turno é uma possível vitória do candidato petista, mas agora totalmente refém de um Senado e Câmara reacionárias, o que já vinha sendo apontado desde as eleições de 2014, ou seja, um amplo giro à direita do eleitorado, situação que permitiu abrir a caixa de pandora do fascismo e da extrema-direita, cujo desfecho fora o golpe institucional (com STF e tudo) de 2016, na usurpação do poder pelo vampiro Temer, o porta-estandarte do bolsonarismo. Mas, quais as causas do avanço da direita, quando todos imaginavam vitória dos progressistas em primeiro turno?